A fibromialgia é chamada de “doença invisível” em alguns países. E de fato, ela é. O que não significa que ela não seja muito real. Em 1990, o American College of Rheumatology desenvolveu diretrizes para o diagnóstico de fibromialgia. Hoje essa proposta está superada. Em 1990, havia apenas cerca de 200 estudos publicados sobre fibromialgia. Hoje, existem mais de 4.000 estudos publicados sobre fibromialgia. Contudo, gostemos ou não, ela é uma doença difícil de tratar, e é comum médicos e médicas falarem o mesmo dos pacientes com essa condição. Talvez por isso, nem uns nem outros procuram se informar a respeito, o que inevitavelmente abre espaço para mitos e fake news, em geral assustadores. Esse post, baseado parcialmente em um artigo publicado no site WebMD, comenta 4 dos mitos mais conhecidos.
“Os homens nascem ignorantes, não estúpidos. Eles se tornam estúpidos pela má educação que recebem.”
A fibromialgia se manteve como um mito, na comunidade médico-científica, até pouco tempo. Hoje ela é reconhecida oficialmente como doença/dor crônica primária, ao menos pela International Classification of Diseases da World Health Organization.
“Ao menos”, porque a fibromialgia continua sendo mal-entendida no atendimento médico primário. Há razões para isso. Trata-se de uma doença crônica complexa cujos sintomas – cansaço, dores no corpo, problemas de sono e cognitivos – se confundem com os de outras doenças crônicas. Sobra confusão e desinformação sobre ela, e quando isso ocorre, a experiência do Brasil na pandemia que o diga, as fake news correm soltas.
Há dois anos eu já comentei detalhadamente os mitos vigentes sobre a fibromialgia. Nesse post vou rever rapidamente 4 dos mais comuns. A intenção é facilitar o entendimento da fibromialgia a pessoas que, por sentirem dores no corpo, imaginam ter contraído essa doença – e dormem mal por causa disso.
Mito: a fibromialgia está na sua cabeça
Pessoas com fibromialgia costumam dizer que outras pessoas, incluindo alguns profissionais de saúde, disseram que a doença não existe. Isso pode resultar em parte do fato de que não existe um teste claro que diga que você tem ou não.
A fibromialgia – como diabetes, pressão alta e depressão – existe em uma escala. Os sintomas aumentam e podem piorar até que o médico decida que você tem. Nem sempre é óbvio, e nem todos os médicos concordam sobre o que contribui para um diagnóstico.
Mito: a fibromialgia é um tipo de depressão
Alguns chamam a fibromialgia de “depressão mascarada”. Mas nem todo mundo com fibromialgia relata depressão.
Na verdade, a depressão ao longo da vida acontece a cerca de 40% das pessoas com fibromialgia. Além do mais, muitas pessoas têm depressão sem a dor crônica e outros sintomas da fibromialgia. A confusão pode resultar do fato de que alguns sintomas das duas condições se sobrepõem. O fato de certos genes e características psicológicas estarem associados a ambas as doenças provavelmente contribui para isso. Mas isso não significa que sejam iguais. Na verdade, a pesquisa continua sobre as causas de ambas as condições.
Mito: você deve ter pontos sensíveis para ter fibromialgia
Nas últimas 3 décadas, os médicos procuraram pontos sensíveis para diagnosticar a fibromialgia. São pontos no corpo, como mandíbula, ombro, antebraço, quadril, coxa etc., que são sensíveis ou doloridos ao toque.
Pesquisas mais recentes sugerem que cerca de 20% das pessoas com fibromialgia podem não ter esses pontos sensíveis.
Hoje, os médicos devem perguntar sobre sua dor em cada uma das cinco regiões do seu corpo:
- Região axial (pescoço, tórax, abdômen e costas)
- Região superior esquerda (mandíbula, ombro, braço)
- Região inferior esquerda (quadril, nádega, perna)
- Região superior direita (mandíbula, ombro, braço)
- Região inferior direita (quadril, nádega, perna)
Eles também vão querer saber se você tem sintomas comuns de fibromialgia, como problemas de sono, cansaço ou névoa cerebral. Para ajudá-los a fazer um diagnóstico, eles avaliarão suas respostas com base em uma lista de verificação chamada “índice de dor generalizada” e um teste chamado “escala de gravidade dos sintomas”.
Mito: Não há tratamento para a fibromialgia
Há vários tipos de tratamento, porém o principal não é o medicamentoso. Analgésicos, antidepressivos e anticonvulsivantes são prescritos medicamente apenas para ajudar com os sintomas da fibromialgia. Eles funcionam de maneira diferente para pessoas diferentes e, em alguns casos, possuem efeitos colaterais se mantidos fora do período prescrito. Convença-se: fármacos não curam doenças crônicas, apenas aliviam temporariamente seus sintomas (dor, inclusive).
Existem várias coisas que você pode fazer para se sentir melhor sem medicação:
- Durma o suficiente. Deixe seu quarto fresco, silencioso e escuro. Tente acordar no mesmo horário todos os dias e crie uma rotina relaxante antes de dormir que pode incluir coisas como um banho quente, leitura leve e exercícios de relaxamento.
- Faça exercícios regularmente. Nunca exagere. Trinta minutos na maioria dos dias da semana são suficientes. Evite se exercitar perto da hora de dormir.
- Alivie o estresse. Isso pode significar evitar certas situações ou, se isso não for possível, fazer atividades que possam acalmá-lo, como meditação ou tai chi.
- Seja criativo, invente soluções personalizadas. Um fisioterapeuta pode lhe ensinar exercícios que o deixarão mais forte. Você pode mudar a sua ergonomia no trabalho ou na cozinha, para evitar posturas erradas o facilitar movimentos. A psicoterapia, assim como a terapia cognitivo-comportamental, podem ajudá-lo a se sentir melhor consigo mesmo e a lidar com situações estressantes.
- Procure consultar um médico ou médica que tenha experiência e seja um estudioso da fibromialgia. São poucos. De qualquer maneira, aprenda você sobre sua condição. Quanto mais você souber, melhor poderá defender suas necessidades. Além disso, o conhecimento pode aliviar a ansiedade e ajudar seu tratamento a funcionar melhor.
52 respostas
Há cerca de dois anos fui diagnosticado com fibromialgia, a partir de uma narrativa que envolvia ‘sequelas de chikungunya e problemas emocionais’. Consultei médicos de várias especialidades (medicina da dor, ortopedistas, reumatologistas) todos um tanto inseguros! Experimentei várias medicações, e hoje tomo alternadamente (Dual, 60mg e Pregabalina, 150mg), que juntamente com atividades físicas, acupuntura e fisioterapia me auxiliam a controlar as dores difusas. Tenho 65 anos, sou economista recém aposentado!
Grato pelo seu comentário. O seu circuito médico em busca de uma solução é padrão; o meu foi igual e durou mais de duas décadas. Felizmente, no seu caso o alívio – ou o controle dos sintomas – parece ter sido conseguido, em parte graças a terapia farmacológica. De fato, duloxetina e pregabalina mostram alguma eficácia quanto a amenizar a dor, embora com efeitos colaterais (ex.: sono). Juntas, inclusive, ajudam mais do que separadas. (fontes: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/26982602/, https://ard.bmj.com/content/78/Suppl_2/123.2/, https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/30877484/).
De todo modo, espero que não aposte todas as suas fichas na farmácia. O site Fibrodor, entre muitas outras informações, apresenta várias argumentando contra isso e a favor de uma estratégia diversificada. O ebook “Tudo o que você gostaria de saber sobre FIBROMIALGIA e tinha medo de perguntar – Parte 2”, (https://www.fibrodor.com.br/ebooks/fibromialgia-2/) por exemplo, traz nada menos que 4 seções sobre Tratamentos, alguns deles não-farmacológicos.
Espero que fique bem!
Com quantos anos foi diagnosticado? Consegue conviver bem ? Consegue trabalhar normalmente?
Há cerca de três anos descobri que tenho fibromialgia, sentia dores insuportáveis, mas com o tratamento com Desve 50mg e pregabalina 150 mg amenizaram muito as dores, o que me aborrece muito e o preconceito das pessoas em afirmarem que a doença é psicológica, se tratar o psicólogo não preciso tomar remédios.
Alirdes, que bom que o tratamento farmacológico (Desve e pregabalina) foi satisfatório. Nada comum, em todo caso. Em se tratando de fibromialgia, e para os portadores da síndrome em geral, o desempenho da farmacologia (duloxetina e pregabalina, mormente) ainda é decepcionante. Quanto ao preconceito etc., eu compreendo a sua frustração. Através do blog tenho feito o possível por destacar a fibromialgia e o pouco que a medicina (e seus agentes, médico(a)s, planos de saúde e até a legislação) se importa com ela. Isso sim que é comum. Tanto assim que eu tenho dedicado muito espaço no blog a esse tema (https://www.dorcronica.blog.br/?s=estigma). A fibromialgia é uma síndrome crônica e como tal, afeta e depende de fatores psicológicos muito mais que uma doença passageira. Isso é fato comprovado cientificamente. O que não significa que quem precisar acalmar estresse, ansiedade, raiva etc. requeira um psicólogo para tanto. E também não significa que apenas o equilíbrio mental seja suficiente para amenizar os sintomas da fibromialgia, especificamente. O tratamento deve visar recuperação de ambos, físico e mente, ao mesmo tempo. Espero que fique bem. At, Julio
Boa tarde Alides.
Me chamo Cristina, trabalho ajudando pessoas com fibromialgia desde 2012, através de uma tecnologia chamado ION BALLS E FIR POWER.
Temos ajudado milhares de pessoas em mais de 27 pais caso queira conhecer é sem compromisso, pode testar por três dias.
Só preciso saber se mora em sp ?
Boa tarde, meu nome é Márcia karvik tenho fibromialgia sinto muitas dores nas costas pernas pescoço pés ombros, e tomo pregabalina e diacerina a uns 3 ou 4 anos fico melhor com essa medicação mais não o suficiente pra ficar totalmente sem dor, realmente preciso saber mais sobre esse tratamento ?
Veja a seção “TRATAMENTO” na Parte 2 do e-book da minha autoria: https://www.fibrodor.com.br/ebooks/fibromialgia-2/. Abs, Julio
Boa noite! Gostaria de saber mais!
Fui diagnosticada a dois anos por um reumatologista que deu de tudo dele para me ajudar
Foi controlado, mas a algumas semanas comecei a sentir as dores e hoje já estou de cama
Moro em Porto alegre
É muito fácil saber mais. Veja na HOME do site FIBRODOR (https://www.fibrodor.com.br/), na faixa azul de cima, à direita, uma lupinha. É o mecanismo de busca. Apenas digite o que quiser sobre fibromialgia e terá informação aos montes. Nesta semana completei 100 matérias publicadas no site. Duvido ficar devendo a você informação do seu interesse. POR EXEMPLO: https://www.fibrodor.com.br/sindrome-da-fibromialgia-parte-3-tratamento/. Espero que fique bem. At, Julio
Boa noite me chamo cleia sinto muita dor de cabeça dor nos tendões dor nos braços dor nas costas, dor no pé da barriga muita dor isso pode ser fibramialgia
Clique neste link e terá sua resposta: https://www.fibrodor.com.br/?s=diagn%C3%B3stico. At, Julio
Estou cansada de fazer exames, e ninguém me dá este diagnóstico, tanto que estou aqui tentando me ajudar , não consigo dormir, sou acometida por intensa dor no braço direito, ombro e mandíbula, estou cansada .😔
Meiry, mandei uma mensagem para seu e-mail. At, Julio
Há mais de 20 anos tenho dores cervicais intensas que erradiiam para a cabeça e iniciam-se quando estou ansiosa ou nervosa. Tenho dores de vez em quando em algum lado do corpo que ficam super sensíveis ao toque. Desde então, tomava cerca de 01 caixa mensal de analgésicos, noque contribuiu para uma gastrite crônica . Atualmente estou com 42 anos e faço uso do Dual 30mg e agora 60mg, através de uma psiquiatra que estive em consulta neste dia. Ela levantou a hipótese de fibromialgia. Será que é possível através dos sintomas que citei. Seu conteúdo foi muito importante pra mim! Abraços .
Rosana
Rosana, primeiramente, gostaria de agradecer seu comentário. Resolvi responder diretamente para seu e-mail. Segundo, desculpe o atraso, sem tempo para quase nada por aqui.At, Julio.
Eu descobri a fibromialgia em 2007 quando perdi minha filha casula aos 16 anos com bulimia e anorexia, no dia 31/12/2006.
Perdi minha filha e minha saúde tbm. Tenho dores terríveis, perdi o amor a minha profissão, sou costureira fazia tantas roupas lindas hj não faço nem pra mim. Perdi todo ânimo. As vezes tenho 4 crises por semana. A 06 meses conheci um médico que está me ajudando a controlar. E eu vou vivendo um dia de cada vez.
Um site não pode dar recomendações médicas, mas eu posso, sim, dar uma opinião. As suas dores podem certamente estar sendo, se não provocadas, exacerbadas pelo seu estado EMOCIONAL. Não duvido disso. Eu desaconselho pessoas com dor crônica a consultar profissionais da saúde mental como primeira opção ao se aperceber emocionalmente fragilizadas. Há muito que elas poderiam fazer por si mesmas antes disso. Porém, no seu caso, o abalo emocional parece avançado e consolidado demais. A essa altura, parece que nem um médico seria o profissional certo para tratar o seu lado psicológico, aparentemente descompensado. Pense num psicólogo ou psiquiatra.
Essa condição sua de dores é totalmente emocional, foi devido à perda da sua filha, o seu consciente não aguentou e essa dor transbordou para o físico…
Sou psicoterapeuta e quero te ajudar a voltar a sua vida normal. Não vou te cobrar nada, somente que se dedique e confie na terapia. Aplico a Terapia TRG.
Me procura que vou tirar todas as suas dúvidas.
(11) 982366679
Trabalho com sessões online.
Edileuza,tem 5 meses que sinto dores enormes pelo corpo,principalmente nas costas,descobri que tenho a fibromialgia,tomo medical ,mais estou todos os dias com dores desânimo enorme,cansaço ,tontura não sei mais ou que faço de será que é só mesmo a fibromialgia?
Procure um reumatologista. Foi assim comigo.
Olá me chamo Kátia,tenho 53 anos, há cinco meses sinto dores insuportáveis em meu corpo todo, já atendida por três médicos especialistas em traumatologia,necessito muito da ajuda de alguém que possa me indicar algum medicamento para aliviar as dores,ontem dia 07/12 foi diagnosticado que tenho Fibromialgia
Grata!
Kátia, o ponto de partida é confirmar o seu diagnóstico. Os pontos de dor não mais garantem um diagnóstico dessa natureza (veja: https://www.dorcronica.blog.br/voce-suspeita-ter-fibromialgia-parte-2/). Insônia e tristeza (depressão) são, sim, sintomas que integram o diagnóstico da fibromialgia, e há outros. Veja se você os reconhece aqui: https://fibroconsulta.com.br/. Mandei uma resposta mais completa diretamente para seu e-mail. Abs, Julio
Minha mãe foi diagnosticada com fibromialgia a uns 2 anos mais ou menos e com informações de pesquisas e médicos ela acha que vai ficar aleijada ou como ela diz “Toda torta”, seria possível a pessoa ficar paraplégica, aleijada ou torta?
Ela esta meio depressiva com essas informações eu queria saber pra que eu possa achar uma maneira de melhorar o pensamentos dela e os meus.
Alex, a fibromialgia incapacita, mas não degrada o corpo como a artrite, por exemplo. Por outro lado, ela se confunde com muitas outras manifestações crônicas. A que mais se aproxima da suspeita em pauta é uma certa aracnoidite adesiva crônica (https://www.acquaintpublications.com/article/there-is-no-such-thing-as-adhesive-arachnoiditis-syndrome#:~:text=Adhesive%20arachnoiditis%20is%20extremely%20rare,reported%20in%20the%20worldwide%20literature). Porém, a sua ocorrência é muito rara: 1 mil casos nos últimos 50 anos, nos Estados Unidos. Nesse particular, a sua mãe pode dormir tranquila. Quanto a “melhorar pensamentos”, informe-se sobre terapia cognitivo-comportamental. Espero que sua mãe fique bem.
Ola!tenho 40 anos e estou passando esse processo intenso de dores e estou em busca de um diagnóstico,mas a falta de informações realmente prejudica muito o diagnóstico,a fibromialgia devia ser mais falada as pessoas e até mesmo médicos ainda confundem mesmo, não tenho depressão mas tudo isso me deixa super deprimida,pois sinto dores 24 horas do dia.obrigada,gostei muito do seu artigo..
Helen Juliana, primeiramente, gostaria de agradecer por seus comentários. Em se tratando do corpo humano e Covid-19 tudo é possível – as reações de ambos são surpreendentes. Fibromialgia, por sua vez, é uma doença crônica e, portanto, sem causa e/ou tratamentos precisos. Ou seja, o terreno todo aqui é pantanoso. No site Fibrodor (https://www.fibrodor.com.br/) você pode acessar outros recursos para ajudar o seu médico a fazer um diagnóstico sobre fibromialgia (https://www.fibroconsulta.com.br/), além de orientações sobre como enfrentar os sintomas dessa síndrome. Não deixe de se informar. At, Julio
Tenho muitas dores no corpo, nos braços ombros, pescoço, mandíbulas, lombares, e muita dor na mãos, sem contar com desânimos, cansaço, ansiedade, insônias e até mesmo desarranjos de intestinos.
Isso caracteriza como fibromialgia.
Obs; em 2014 sofri um acidente de automóvel onde rompeu o tendão da mão esquerda. Foi feito cirurgia, mas fiquei com muita câimbra na mão, onde ficou de fazer nova cirurgia, onde o médico não deu garantia de voltar ao normal. Nisso veio a pandemia e não fiz a cirurgia. Acha que isso tem algo a ver?
Maria Rita, os sintomas da fibromialgia são somáticos (ex.: dor no corpo) e psicológicos (ex.: depressão). A fibromialgia é frequentemente desencadeada por um evento estressante (ex.: acidente de carro), incluindo estresse físico ou estresse emocional (psicológico). Possíveis gatilhos para a condição incluem: uma lesão, uma infecção viral. Informe-se. No site Fibrodor você encontrará muita informação necessária para decidir o que fazer agora. At, Julio
Olá Júlio! Vou tentar resumir o que acontece comigo! Trabalho como secretária, em uma clínica , em 2018 comecei com dormências e enformigamentos em todo o corpo, comecei tomar velija 30 mg na época, 2019 começou uma dorzinha, vamos dizer assim, no lado esquerdo torácico , atrás nas costas e se estende para frente em baixo dos seios atingindo a parte abdominal esquerda sempre , e daí só desandou ! Além da dor, pois já estamos em 2022, a parte esquerda de meu corpo, esta sempre contraída , dura, como se fosse uma contração na gestação , inclusive fica mais dura ao tocar! Não tenho mais vida normal, pois não consigo fazer as caminhadas que costuma fazer todos os dias pois endurece mais, já fiz varias exames ressonância , cintilografia, acupuntura, massagem….etc e nada, já tomei varias antinflamatorios ( receitados e claro) gabapentina 300 e até aqueles remédios que dizem se necessário Targin( oxicodona) a dor passa mas a contratura( a dureza) fica , isso que incomoda ! Já fui em ortopedista , neurologista até em cirurgião geral e nada! Hoje não estou tomando nada pois vejo que não adianta! A uma semana começou, além de tudo, uma dor no braço esquerdo que inicia no ombro e vai até a mão incluindo os dedos ! Uma dor que queima e lateja ! Não sei mais a quem recorrer, desculpe o texto extenso! Abraço!
O seu comentário teve como referência um post sobre fibromialgia. Eu suponho então, que você está pesquisando o que pode estar causando a dor generalizada e recorrente que a afeta. O ponto de partida pode ser esse, mas levar a destinos distintos. Eu explico. A fibromialgia é complementada por vários outros sintomas além da dor generalizada (veja https://fibroconsulta.com.br/) e pode ser confundida com várias outras doenças crônicas (veja https://fibrosintomas.fibrodor.com.br/). Então você precisa de um diagnóstico, que pode ser fibromialgia ou não. Um neurologista é a fonte mais recomendada, mas (eis a minha opinião) só se for experiente em diagnósticos diferenciais relacionados a fibromialgia. A decisão de parar com a medicação parece sensata, uma vez que a essa altura (do seu histórico) esse expediente provavelmente complica mais do que facilita a vida de quem é portador de uma doença crônica complexa. Mas de pouco adianta se paralelamente você não retoma suas caminhadas, cuida da alimentação e do sono etc. No ponto em que você está, metas modestas e avanços mínimos são um ponto de partida… porém, você precisa partir. Você conhece o seu corpo e talvez consiga desenhar um programa de atividades para isso sozinha, ou via ajuda especializada. Por fim, cuide de se manter serena diante de sua condição física hoje abalada. Aprenda a respirar, faça alguma meditação, ensaie distrações, informe-se sobre terapia cognitivo-comportamental etc. Ansiedade e depressão são dois perigos sérios que devem ser mantidos longe por quem sofre de dor crônica.
Boa Noite meu nome é Alessandra tenho fibromialgia, gostaria de saber se a fibromialgia tem grau
Há várias publicações a respeito, porém apenas uma delas teria algum teor científico: “The Four Stages of Fibromyalgia: Potential for More Precise Treatment Approaches”, de Mark Gostine e outros. Espero que ajude.
Oi, procurando sobre minhas “dores”, cheguei aqui. Acho que estpu com fobromialgia.Tenho dor no ombro esquerdo,que irradia para as costa e braço.E uma dor constante e chata no final das costelas.Todo o lado esquerdo me dói.O lado direito tá tudo bem.
Olá, digo que já senti muitas dores/incômodos há bastante tempo, a partir de 2012, senti dor no calcanhar de um pé, fiz rx e deu esporão de calcâneo, depois no outro tbm, na vdd falam em fascite plantar, tive dengue com sintomas moderados e nem todos eles, um tempo depois tive garganta inflamada e tratei com Benzetacil (1 aplicação), duas semanas depois surgiram dores musculares nos membros inferiores e dois nódulos no antebraço que sumiram, achei que seriam furúnculos, mas não foram. O exame de sangue o ASO deu bem alterado, fiz tratamento com Homeopatia e fisioterapia, para uma Poliartrite Reativa, depois disso tudo passei a sentir dores e incômodos aqui e ali, lembro que tive dor no ombro há muitos dias, em 2015 e nos exames não dava nada. Dor no joelho esquerdo e um incômodo no direito, fiz rx deu artrose moderada bilateral, fiz das mãos pq sentia rigidez e sensibilidade em algumas falanges e ligamento s e não deu nada. E dor lombar de lado, dor no “pé” da barriga, dores intestinais, gases, azia, dor de cabeça e etc… Depois de ir a vários médicos e continuar tudo, em Out/20: fui num Reumatologista que me diagnosticou com Fibromialgia, comecei tratamento com antidepressivo e analgésico, ou relaxante muscular, indicação pra prática de exercícios e terapia, bom, estou a quase 1 ano sem tratamento com o especialista por ter saído da Policlínica onde atendia pelo SUS, estou sem tomar antidepressivo e as vezes quando sinto necessidade tomo analgésicos, faço pouco exercícios e não faço terapia alguma, digo que estou bem, somente incômodos, joelhos, pulsos, lombar, alterações intestinais e dores de cabeça e outros. O que quero dizer é que além de outros sintomas secundários, as dores no corpo estão já algum tempo com nível baixo, suportáveis, não fico de cama. Sei que muitos fibromiálgicos ficam de cama, muito ruins mesmo! As vezes até duvido que eu tenha Fibromialgia mesmo!! Será possível isso?! Dia 06 de Dezembro tenho uma consulta com um novo Reumatologista no Centro Carioca de Especialidades no RJ e devo tirar essas dúvidas com ele. Abracos em todos vcs!!
1) Pelo visto, você abandonou o tratamento para a fibromialgia prescrito pelo reumatologista. E até duvida ter mesmo essa síndrome. Que tal levar informações sobre seus sintomas para o reumatologista do Centro Carioca de Especialidades se orientar melhor sobre o seu quadro clínico e assim resolver mais rapidamente suas dúvidas? Veja aqui: https://fibroconsulta.com.br/
2) Você não parece estar num estágio de incapacidade e de severidade da dor que justifique imobilidade (ex. ficar de cama). Tente evitar isso, o corpo precisa de algum movimento, mesmo que leve e não necessariamente proveniente de exercícios físicos.
At, Julio
Eu li todos os comentários já venho a um tempo fazendo vários exames e nunca cheguei a um diagnóstico…mas agora lendo os comentários vi que posso estar com fibromialgia sinto muito dor do lado direito e nas pernas aliás cansaço físico queimação nas pernas tipo ardendo esquentamento nós pés muito dor só melhoro quando tomo banho gelado ou quando estou fazendo alguma coisa tenho sempre que fica olhando as pernas porque esquenta muito e quando eu fico muito tempo em pé aumenta as dores consigo mas ter uma vida normal queria uma solução ao menos um alívio…
Enviei uma resposta diretamente para seu e-mail. Abs, Julio
Meu nome é Sara tenho 23 anos
Bom tem 3 anos q fui diagnosticada cm fibromialgia, mas a dores tem fc mais intensas onde as vezes chega a me paralisar, dificuldade até pra digitar pq a dor é mta
Porém td vez q vou ao médico ele diz q a fibromialgia não faz isso
E estou me sentindo louca já
Parece que eu quem crio as dores da minha cabeça
Não você não está louca. Nem pense nisso, é balela. Apenas você tem dor e não sabe qual é a causa, o que é comum em se tratando de doenças/dores crônicas.
Três apontamentos: 1) confirme esse diagnóstico de fibromialgia com um médico experiente nessa doença. Não perca tempo e dinheiro vendo outros que carecem dessa qualidade. 2) Veja aqui FIBROCONSULTA (https://fibroconsulta.com.br/) se você apresenta esses sintomas e busque no site informação sobre o diagnóstico da fibromialgia. Tem muita coisa escrita sobre isso, que nem os médicos sabem. 3) Pare com esses devaneios extravagantes de que você imagina sua dor. Nada disso, a sua dor é real. E se você continua deixando que ela encha sua mente de pensamentos autodestrutivos, está agregando mais um tijolo ao edifício da sua dor crônica.
Bom dia, me chamo Cêila estou procurando respostas para as dores que tanto está me fazendo mal, lendo seu artigo provavelmente seria fibromialgia, pois sinto dores no pescoço que passou para o braço esquerdo e costas.
Veja este link do FIBROCONSULTA (https://fibroconsulta.com.br/) antes de consultar médico. Nada custa e pode orientar inicialmente. E se você preencher o perfil pode enviar antecipadamente a informação para o médico e poupar tempo (e dinheiro). At, Julio
Boa tarde…estou lendo aqui os comentários e vi algumas coisas parecidas com o que estou passando, meu pescoço ficava duro e com dor repentina quando estava dormindo e uma dor no couro cabeludo e coceira, até que 6 meses atrás eu fui levantar da cama e derrepente tudo ficou rodando e me deu muita dor nos musculos do corpo ..fui para o hospital com sintomas de avc ou labirintite..fiz ressonância da cabeça e tava tudo normal …mas fiquei como corpo descontrolado como se tivesse bêbado de lá pra cá…não consigo trabalhar tenho ainda dor no pescoço e nos ombros e desânimo, meu sono tá orrivel porque meu coro cabeludo fica todo dolorido e coçando durmo sentado de tanta sensibilidade na cabeça as vezes meu corpo esquenta e quando eu começo a querer andar muito rápido meu corpo fica desequilibrado e um peso na cabeça….já fiz vários exames de ressonância da coluna cervical,celebro , eletromiograma e etc….( Minha profissão é de barbeiro daí eu fico desconfiado se foi de tanto movimento repetitivo e inclinação da cabeça para baixo eu vinha sentindo muita tenção na região das costas e pescoço e ombro…ou isso foi um gatilho para fibromialgia…estou a 6 meses sofrendo médico nenhum encontra meu poblema…
Suponho que você consultou um oftalmologista. Ele(a) deve ter solicitado exames especiais para quem sofre de vertigem/labirintite, os que geralmente são realizados por fonoaudiologistas. O que resultou disso? Se por acaso você sofre de vertigem/labirintite, o seu palpite quanto a “olhar para baixo repetidamente” estar associado a seus sintomas poderia estar certo.
Oi eu vi os relatos de todos e vi que alguns conseguiram bons resultados com remédios farmacológicos, não foi meu caso cymbi cymbalta efecxor e por ultimo velija, me deixam com muito sono, muito mesmo a ponto de dormir dia e noite sem parar e impossibilitando minha vida cotidiana. Não sei mais o que fazer fui diagnosticada com 24 anos e hoje com 37 vivo uma rotina de altos e baixos e toda vez que tento seguir os remédios do reumatologista fico ainda pior, não posso trabalhar e nem dirigir pois posso dormir sentada a qualquer momento, um perigo. Alguem sabe de algo que possa me ajudar?
Lamento pela sua condição de saúde e entendo porque ela é desesperadora. Porém, esse “algo” que você procura – entendido como uma coisa, um remédio ou uma revelação –
não existe. O que existe é um tratamento abrangendo diversos aspectos fisiológicos e psicológicos, organizados num programa de tratamento coerente reunindo provavelmente vários profissionais da saúde coordenados por um médico especializado no manejo da dor crônica. Armar e fazer funcionar essa estrutura é caro e toma tempo e muita paciência. E mesmo assim, resultados bons não são garantidos. Mas é o que temos por hoje. Fora isso, sem um diagnóstico, sem saber a razão pela qual você começou a ser medicada – foi fibromialgia, suponho, uma vez que receitaram Cymbalta – é impossível eu aventurar qualquer opinião construtiva. O único que posso afirmar que se passaram 13 anos desde que isso ocorreu e nesse período os critérios de diagnóstico da fibromialgia mudaram em boa medida. At, Julio.
Olá, tenho 25 anos e sinto várias dores pelo corpo, o clinico geral desconfia de fibromialgia, e me encaminhou para neurologista. Além das dores, sinto tonturas, náuseas, minha vista meia embaçada, fraquezas, isso me preocupa porque não sei se fibromialgia pode causar esses sintomas também. Gostaria de saber se a fibromialgia causas esses sintomas?
Muitas doenças crônicas podem causar esses sintomas. A fibromialgia também, mas o diagnóstico da fibromialgia inclui outros sintomas que você não menciona. Veja o FibroConsulta (https://fibroconsulta.com.br/) e post (https://www.fibrodor.com.br/como-otimizar-a-sua-consulta-sobre-fibromialgia/). Abs, Julio
olá tenho 54 anos foi diagnosticada com fibromialgia aos 28 anos
foi muito sofrimento sentia muitas dores e nenhum diagnostico trabalhava como domestica e sentia muita vergonha de dizer o que eu tinha esta doença. Entrei em depressão, desejava ter um cancer que
assim todos viriam de fato a minha dor .eram tantos olhares indiferentes, familias, amigos entre outros .
sofria mas me aguetavam de Ate que comecei a aceitar . hoje naõ tenho renda nao consigo fazer as atividades simples ,sufoquei os sonhos,e vivo um dia de cada vez
o que tenho a dizer é que esta doença é muito injusta! Deus abençoe
O seu comentário é comovente, mas dentro do quadro triste em que ele se situa eu vejo um aspecto positivo: você diz ter aceitado conviver com a sua dor crônica. Longe de mim sugerir que abaixar os braços e se entregar a doença é saudável. Eu quero crer que você quis dizer que não mais espera por uma cura ser entregue pela medicina, por familiares e amigos, e que optou por enfrentar a sua realidade, sozinha e na base de “um dia de cada vez”. Talvez não fique melhor, mas esperar pelo improvável dias a fio seria pior por conta de uma frustração quase certa. Eu estou convencido de que a espera por uma cura que nunca é atendida, representa para o paciente um peso emocional, uma fonte de estresse, que mais dia, menos dia, agrava seu sofrimento e aumenta sua dor. Quanto antes ele ou ela fique realista, deixe de pensar em cura e volte a sua atenção para obter alguma funcionalidade e qualidade de vida, mesmo com dor, melhor.
Bom dia .
Li todos os comentários e Deus abençoe a todos vocês.
Fui diagnosticada ontem com fibromialgia,ainda não sei muito a respeito ,e foi assim que cheguei até vcs .
Convivo com as dores da artrite reumatoide, há 14 anos .
De verdade eu tbm sei o que é sentir dor.
E agora o diagnóstico da fibromialgia, não está sendo fácil, lhe dar com mais esse.
Por isso quero de verdade saber mais sobre a doença, vocês podem me ajudar.
Deus abençoe a todos.
No site FIBRODOR encontrará toneladas de informações atualizadas sobre fibromialgia. Conviver com essa síndrome (doença com vários sintomas) é possível se você faz por evitar que ela se instale e progrida. Você precisa, primeiro se informar sobre ela, e depois, mudar hábitos de vida. O meu conselho: confirme seu diagnóstico de fibromialgia com um outro médico, de preferência reumatologista com experiência nela. O pior que pode passar a um paciente com dores crônicas e começar um tratamento apontando para a doença equivocada. Nada contra o médico que a diagnosticou, mas ocorre que a fibromialgia é difícil de diagnosticar porque se confunde com outras doenças crônicas (ex.: artrite reumatoide). Depois navegue pelo site FIBRODOR e por fim leia o ebook “Tudo o que você queria saber sobre fibromialgia e tinha medo de perguntar”, também acessível gratuitamente no site.